Ah mulher, minha cara paixão.
Pra que tanto pó na cara
se o ímpeto de tornar o sutil traço
uma marca de vitória
é mais digno do que este borrão?
Que o mascarar da tua maquilagem
esconde um lindo olhar infantil, eu sei,
ao seu lado já me deitei,
e não, lhe juro, não me cansei.
Assim eu não te vejo mais!
Cadê aquela menina-mulher posse de tudo?
Ingênua e maliciosa,
na sua boca deliciosa.
Eu sei, não serei o último,
porem o primeiro talvez a perceber,
que apesar deste carnaval em você
o melhor se encontra na ressaca de nossas pernas
onde borras meus lençóis.
Aonde?
O dia vai nascer!
Meu fôlego vai morrer!
De novo nesta hospedagem,
linda flor que arde,
mais um dia sem esta suja maquilagem.