sexta-feira, 12 de março de 2010

(Des)Acordar

Ontem me apunhalaram nas têmporas e, enquanto estava meio desacordado, me explicaram que não importa quão rápido eu queira que passe, o chapéu mexicano do mundo da a sua volta do jeito que bem deseja.
Apressar-me, retroceder, impossível em escalas estelares. Cometas caiam enquanto seres não identificados se divertiam com a minha lucidez.
Será que isso é real? Onde estou? - Eram os tipos de perguntas que não saiam da minha cabeça.
Até a hora que alguém me soprou um ar quase fresco entre as narinas, estava aqui novamente.
Recuperei a consciência cega de que cada coisa tem o seu lugar e cada dia o seu tempo. Esta experiência única passou e o que me restou foi a sensação de estar mais leve e, no fundo, não faz muita diferença se nada disso realmente aconteceu.

2 comentários:

Junior Bellé disse...

Nenhuma diferença se nada disso realmente aconteceu.

Juliane Fagotti disse...

ar quase fresco entre as narinas.

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